VIDA MARCADA
AVALANCHE QUE ROLA DESENFREADA
INUNDANDO A ROTA EM COLISÃO.
SEM FRONTEIRA, SEGUE DESTROÇADA
ARRANCANDO A BASE DA RAZÃO.
SEM COMPASSO, SEM DEMORA
MARCAS GRAVADAS DO SIM E DO NÃO,
REPOUSA ARDENTE PEITO AFORA,
SALPICANDO DE DOR O CORAÇÃO.
BEBENDO PELOS BARES, VIDA BOEMIA,
CANTANDO ILUSÕES, SERENATAS PERDIDAS.
É ASSIM QUE O MACHO TEM A FÊMEA,
ANTES QUE A ALMA O ACORDE, RESSEQUIDA.
PODEM DIZER QUE SOU DESREGRADO;
QUE À TODA DAMA, EU ME ENTREGO.
MAS, SE ME PEDEM UM BEIJO MOLHADO,
NÃO SENDO OS SEUS LÁBIOS, NEGO.
SE DESISTIRES DE MIM, NÃO IMPORTA
SEM AMOR, LEMBRANÇAS ME CONSOMEM.
AQUELE TEMPO DE AMOR ME CONFORTA,
QUANDO TU ME FAZIAS HOMEM.
ESTE BOÊMIO É BOÊMIO POR AMOR...
UM AMOR ESQUECIDO NA ESTRADA.
VOU SEGUINDO SEGURANDO A MINHA DOR,
DENTRO DE MIM, VIDA MARCADA.
Escola do poeta/RJ - 10/10/1989
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