Adeus!...

Naquela noite quente de ilusão
os corpos uniram ao cair d´aurora.
Hoje sou uma sentença que chora;
guardo o telhado da doce mansão!

Há a escrita do sangue na canção;
no sonho nebuloso inda mora
a lembrança (néctar das horas),
fotograficamente no porão;

tenho o perfume da nossa loucura
com a cicatriz nua e sem a cura
que viaja rumo à Eternidade!

Peço-te, Anjo, que voe alto e além...
que saúde meus versos (um réquiem)!
— Morrem nossos corpos de saudade!

 

Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 15/05/2009
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T1596246
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.