MELIANTE
Jamais
Malandro como foste
Experiência no rosto
Pensaste os da patota
Perdeste tu?
Nas curvas de uma deusa
que Deus poste
Mulher
brincadeira de mau gosto
E tu mulekote
brincaste
O coração em
riste
Foste tanto delinqüente
com deusas-Graças
os comparsas disse: pegue nao se apegue se afaste
Ele dono de um zoio triste
Danou
ser reincidente
Vadiante e nas ruas suscita
Morreste sempre num lábio
E nos sambas ressuscita
Nunca entregaste
o peito a quem enquadra
Guardaste de assalto
os beijos que ladra
Meliante
e penitente e traste
de resto
o coração em seqüestro
de resgate
o beijo doce
de uma inocente
que roubaste
Que fizeste do mulekote, criança
que trouxeste favo a sua andança
A moça melindrou
a brincadeira do
malandro
Na inocência e no contraste
deste voz de prisão
ele sem anos de perdão
Ela como olhaste
enquadrou o gatuno
cafajeste
dono de um olhar soturno
mais um peste
O beijou que ladrou
não entregaste
já trocaste até com a rota
Perpetuaste não
Melhor seria e foste
Morreste no amor
Na curva de uma deusa
Uma mulher brincadeira
De mau gosto
Que Deus poste