Cochichos de amor
Estou aqui matutando contente
Memória saltitando pela mente
Lembrando-me assim, sempre
Da enorme paixão que te venero
Sei que estarás sempre por perto
Pois minha alma está dentro da sua
E que estou a refletir como criança
Ao ler algo seu com suas fitas e tranças
Que morro no desejo de um abraço
De tê-la agarrada aos meus braços
Meus anseios em tua direção eu traço
Embora tenha um oceano a nos separar
Que posso eu fazer, querido e amado
Para suas ânsias terminar? Diminuir?
Será que se fosse me atirar ao mar
Você iria se contentar e mais me amar?
Ah Amor! Perdoe às minhas carências
A vontade louca de beijar a tua boca
Fungar, cheirar e delirar em teu pescoço
Meu Deus! Como amo tudo nessa moça
Meu querido, meu anjo... Sua falta se faz sentir
Em espaços de tempo que a memória mantém,
Em cada milímetro do meu corpo,
Que o faz tremer de um desejo louco
E a vontade de se insinuar leve e safado
Mergulhado feito náufrago nas tuas coxas
E brincar em tua pele com os meus dedos
Serpenteadores corajosos e de certo medo
E eu sofredora desses teus desejos
Procuro na bruma da aurora te sentir
Olhar a lua e rever-te nela o teu brilho
E aos poucos sentir a saudade diminuir.
Intrépidos, curiosos, moleques, ousados
Mais rápidos que os dos larápios políticos
Insaciados querendo tocar nos teus seios
Murmurar e sussurrar sensuais mil segredos
Meus ouvidos despertos para teu toque
Reclamam em surdina, tuas palavras
Doces como o mel que invadem meus sentidos
Deixando meu corpo, leve... Em chamas.
Deixar-te molhadinha para depois...
Enxugá-la com meus ‘beijos toalha’
Nova modalidade recém inventada
De minha patenteada tecnologia
Quero que alteres o meu ego safado
Que me inebries com tua boca molhada
Atinja o âmago do meu ser deslumbrado
Com carícias longas, curtas... Mortais.
Inovada e tecida na boa fibra sadia
Em suas descobertas poético-vadias
Então... Amor! Vim aqui agora de dia
Só para matar as saudades das poesias
Vamos então saldar essa nossa dívida
E fazer amor, em poemas empolgantes
Falar, conversar, dialogar em versos...
E dizer a um só grito bem baixinho...
Pleno, ébrio, de inundados carinhos
Apenas para te ver aí feliz sorrindo
Ao ler estas breves palavrinhas:
Que eu te amo!
E neste momento que se criou
Nesta loucura de querer amar tanto
Amor feito, e nunca desfeito...
Sussurro também ao teu ouvido
Que seremos um do outro... Agora e sempre!
Dueto: Catarina Camacho & Hildebrando Menezes