A Lua e o Mar

No horizonte ausente sua luz deságua, uma bela lente...

Vertentes em clarão, cândida serpente que caminha,

Espelho d'água que ilumina, em ondas leves, marolas envolventes, Cursando lentamente o seu destino, toda gota igualmente dividindo a mesma sina.

Infinitamente se inclina na profundidade sem fim, a fria lua,

Tudo que consegue é ver a sua face esculpida em ternura,

Refletindo o véu prateado um triste caso de amor se perpetua

Com majestosa destreza, privilégio da natureza mais pura!

O mar chora adorando a lua, a lua chora adorando o mar.

Em fatídicas noites escuras, contendo a ânsia de se tocarem.

Quem sabe até a eternidade, não lhes haverá outra saída,

Senão amarem-se intocáveis um ao outro por toda a vida....

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 14/05/2009
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T1594656
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