OLHANDO A NOITE
Desta janela em que olhando para fora
Sorvendo da noite este grande frescor
Esperando pelo novo nascimento, a aurora...
Que vem me impedindo de sonhar com meu amor.
Ao longe ouço uns dolentes amantes das estrelas
Que com seus violões ensaiam uma bela canção
Na esperança de alcançar o brilho e as tê-las
Enfeitando os acordes que saem de seu violão.
Eles vagueiam por toda a noite, enquanto
O sol ainda não aparece no horizonte
Querendo expor ao sol um doce quebranto
Para que fique perdido bem lá atrás do monte.
Se fechar a minha janela me fugira o encanto
Mas o frescor que já vai se tornando em vento
Com tristeza terei que quebrar este mavioso canto
Mas não querendo transformá-lo em lamento.