Velha árvore: (crônica)

À noite enluarada

Leva-me, aos mais belos sonhos.

Despertando meus desejos

De sair por ai com você

Como fazíamos antigamente

Procurando por lugares discretos

Longe de olhares curiosos

Nosso lugar preferido era a praia

Nossa velha árvore continua lá

Do mesmo jeito que você deixou

Nem o tempo conseguiu apagar

Os olhos tristes que choram.

Lagrimas de sangue...

Que um dia você desenhou

Num protesto contra o desmazelo

Do homem com a natureza

Hoje aquela velha árvore faz parte

De minha vida como você faz.

Por isso quero sair por ai com você

Visitar a praia nesta noite enluarada

Sob nossa velha árvore nos amarmos

Como da primeira vez que ali estivemos.

Volnei R. Braga

Pelotas: 19/05/06