Amor Tal
A cerração é o volátil fantasma
Do que falece esperando o seu amor.
É o véu das noivas mortas pela asma
Núbil de suas vãs esperas diante do altar.
É tudo que há de alvo nos enxovais:
As camisolas as calcinhas os sutiãs
Porta-jóias das preciosidades ametais
Guardadas a eles puríssimas e sãs
Presentes que serão entregues jamais
Porque o destino terrível erva daninha
Invadiu os brancos lençóis de florais
Morrem alvas como eu essas nubentes
Não da alvura própria de enxoval:
Mas da anemia, exangues, do amor tal!