OLHOS DE VIGÍLIA
A vida estava aí tão desatenta
diante de meus olhos esperançosos...
havia sol e festa, havia de um tudo
e isso era dentro ou fora de mim?
Pois muitas vezes as paisagnens
do sentir estão tão alvoroçadas
que fogem de dentro pelos olhos
e constroem as maravilhas do mundo
e as borboletas do sonho tem
cores não visíveis com olhos de vigília...
Seria o nosso avesso, um direito
ainda preservado e intacto?
Com quantas mãos agarro o que mais
quero?
E por que o amor foge sempre ao
nosso desejo de possui-lo?
Estavas ali tão meu e terno
e eu não soube a hora de estender a mão...
As paisagens dos sonhos se desfazem em instantes
e a chuva mollnando esta aquarela recém esboçada
desmancha as formas em borrões
lembranças escorrendo em fios...
...de dentro pra fora...
de fora pra dentro de mim...
Passageira sem destino eu sou
desta nau errante dos meus sentires
e sou porto e abismo e não
tenho mais o mapa que me deste
nem aquela inocência da paixão recém descoberta.
Estavas ali tão meu e terno
estavas ali, estavas...