OLHOS DE VIGÍLIA

A vida estava aí tão desatenta

diante de meus olhos esperançosos...

havia sol e festa, havia de um tudo

e isso era dentro ou fora de mim?

Pois muitas vezes as paisagnens

do sentir estão tão alvoroçadas

que fogem de dentro pelos olhos

e constroem as maravilhas do mundo

e as borboletas do sonho tem

cores não visíveis com olhos de vigília...

Seria o nosso avesso, um direito

ainda preservado e intacto?

Com quantas mãos agarro o que mais

quero?

E por que o amor foge sempre ao

nosso desejo de possui-lo?

Estavas ali tão meu e terno

e eu não soube a hora de estender a mão...

As paisagens dos sonhos se desfazem em instantes

e a chuva mollnando esta aquarela recém esboçada

desmancha as formas em borrões

lembranças escorrendo em fios...

...de dentro pra fora...

de fora pra dentro de mim...

Passageira sem destino eu sou

desta nau errante dos meus sentires

e sou porto e abismo e não

tenho mais o mapa que me deste

nem aquela inocência da paixão recém descoberta.

Estavas ali tão meu e terno

estavas ali, estavas...

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 12/05/2009
Reeditado em 22/05/2011
Código do texto: T1590854
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