Cartas Velhas
Guardadas na gaveta da cômoda envelhecida
Lá estavam elas, benditas cartas
Histórias encantadas de uma época remota
As quais jamais saíram da memória...
Pego-as com mãos tremulas
Os lábios balbuciam palavras eloqüentes
O coração dispara de emoção
Porque meu Deus tudo é tão presente?
Jamais consegui amar outrem
Enterrei meu mundo nestas linhas que ando
Sem nunca sair dos trilhos
Sempre fui ao teu encontro
Mesmo sabendo que jamais iria encontrá-lo.
Aperto-as com força ao peito
Choro a dor solitária que me, pois escrava
Nesta minha alcova deixei a vida passar
Vi meu corpo definhar, a ilusão criar asas
Sempre parti pra onde está voce
Embora jamais conseguisse te achar.
Jamaveira