Maravilhosos dias
O sol não tem a mesma luz, o dia não produz igual beleza,
O ar perdeu toda leveza, o azul do mar não mais seduz.
A lua na noite estampada, parece pálida estátua sem vida,
A estrela d’alva parece perdida na escuridão da madrugada,
Elas se veem sem saída debruçando-se sobre o nada.
Fareja triste um animal noturno, a leve brisa fria me congela.
Minha alma solitária anela, teu beijo, alívio taciturno.
A sombra que me acompanhava seguiu teus passos pela rua,
Fugitiva procurando a tua, que também, à minha procurava.
Tudo ficou tão cinzento, num horizonte que era colorido,
Cada partícula mudou na Terra, no mar e céu, o frio incompreendido...
Poque depois de nossa despedida não mais sorriu para mim a tola vida,
Os instantes que se seguem são tristeza, incessante e atônita agonia
Só tua presença pode dar ao meu mundo, a antiga cor de amor e alegria!
Daqueles maravilhosos dias...