Ausência de Ti
Noite alta, já vai longe o desejo.
Noite quente, e o calor da insônia.
Os vermelhos se acinzentaram
e nem sonhos, e nem pesadelos.
Tudo se faz apenas agitação.
E no iludir noturno, imagens soltas.
A saudade faz o passado ser presente,
a esperança faz o futuro ser hoje.
A ansiedade não quer paciência,
a vontade não quer esperar,
de modo infante se quer agora,
num terrível capricho sem fim.
Quero o calor de seu corpo,
almejo ver seus gestos de bailarina,
e ver seus movimentos em dança.
O seu andar felino e olhar de fera.
Aniquilo a razão,
e na insanidade me justifico,
sinto em minha loucura a sua proximidade
e guardo seu corpo em meu amplexo.
Repito a mim mesmo palavras
que quero ouvir, que quero musicar.
E num poetisar sem fim,
não sei se sou amante ou poeta.
Sei que construo o seu perfil,
que faço pinturas inexistentes,
que com tintas invisíveis crio imagens,
e me movimento por um vazio todo cheio.
Pressinto sua presença íntima.
Seu aroma de flor suave e discreta,
sua tez elétrica que me dá choques.
O olhar oculto em suas pálpebras.
O ar de sua boca, próximo à minha.
Brinco um jogo onde domino
e sou dominado. Velho potro,
leão indomado, apenas brinco.
Apresento os meus instintos aos seus.
E você me teme, com a temo também.
Apenas o prazer engana os amantes.
e nisto talvez o ódio se pacifique em amor.
Já vai tarde, as horas malditas fazem fila.
O tempo acabou, está sempre acabando.
Só não acaba o incontido desejo de lhe ver.
A distância já se faz longe, sempre demais.
Madrugada se foi, a lua se esqueceu de ir.
O sol anuncia seus primeiros raios.
O clamor da cidade dá seus primeiros passos.
E na solidão de mim, encontrei você.
Noite alta, já vai longe o desejo.
Noite quente, e o calor da insônia.
Os vermelhos se acinzentaram
e nem sonhos, e nem pesadelos.
Tudo se faz apenas agitação.
E no iludir noturno, imagens soltas.
A saudade faz o passado ser presente,
a esperança faz o futuro ser hoje.
A ansiedade não quer paciência,
a vontade não quer esperar,
de modo infante se quer agora,
num terrível capricho sem fim.
Quero o calor de seu corpo,
almejo ver seus gestos de bailarina,
e ver seus movimentos em dança.
O seu andar felino e olhar de fera.
Aniquilo a razão,
e na insanidade me justifico,
sinto em minha loucura a sua proximidade
e guardo seu corpo em meu amplexo.
Repito a mim mesmo palavras
que quero ouvir, que quero musicar.
E num poetisar sem fim,
não sei se sou amante ou poeta.
Sei que construo o seu perfil,
que faço pinturas inexistentes,
que com tintas invisíveis crio imagens,
e me movimento por um vazio todo cheio.
Pressinto sua presença íntima.
Seu aroma de flor suave e discreta,
sua tez elétrica que me dá choques.
O olhar oculto em suas pálpebras.
O ar de sua boca, próximo à minha.
Brinco um jogo onde domino
e sou dominado. Velho potro,
leão indomado, apenas brinco.
Apresento os meus instintos aos seus.
E você me teme, com a temo também.
Apenas o prazer engana os amantes.
e nisto talvez o ódio se pacifique em amor.
Já vai tarde, as horas malditas fazem fila.
O tempo acabou, está sempre acabando.
Só não acaba o incontido desejo de lhe ver.
A distância já se faz longe, sempre demais.
Madrugada se foi, a lua se esqueceu de ir.
O sol anuncia seus primeiros raios.
O clamor da cidade dá seus primeiros passos.
E na solidão de mim, encontrei você.