Não Sei De Onde Vieste.
Pousou serena e cândida
Como a dança de uma folha amarela
No meu leito, antes horto.
Os olhos piscaram como relâmpagos.
A tez me deixou absorto.
Fidedigna luz emprestada
De onde? Do céu frio e torto.
Da lua que esparrama
Delgado rio de prata
Correndo no seu seio
Transbordando em minha cama.
Ai, quando fecho os olhos
E abro-os novamente
Recupero meu olhar metafísico
E vejo seus contornos ao meu lado
Resquícios tão imponentes...
(Dedicado à Any)