Plúmbeas lembranças
Sandra M. Julio
Nem no silêncio te ouço mais...
Teria a brisa levado até tuas juras, que deslizavam doces lembranças
Em momentos onde a saudade gretava sangrando meu coração?
Porque insistes em não responder aos apelos dest’alma contrita?
Debruço meus olhos sobre teus versos...
Dúvidas bailam fados, pelos salões do pensamento.
Dor e emoção ruborizam lágrimas, quando imagino-me brinquedo.
Rasgastes meus sonhos...
Artífice do meu destino, reposiciono -me.
E no tear do tempo, continuo tecendo minha história...
Calo em meu peito este desacerto,
E, sigo na força que advém da tua ausência.
Desvisto-me do teu abandono...
E no júbilo do teu silêncio,
Destranco as portas de um novo amanhecer
Cicatrizando, plúmbeas lembranças.
Sandra
13/05/05