olhos do sol,

Tuas mãos amornavam os olhos do sol,

Que se punha no horizonte, deixando um rastro

De lamina dourada ainda menina .

O comprido da noite, ressonava antevendo solidão

Era uma quietude de sombras sem dor, me procurando

Como um negro espectro seduzindo a tristeza,

Queria debruçar-me no espaço, entre a loucura,

E os pedaços de alegria que gritava na noite,

Sentia ainda os rasgos da amante que não foram saciados,

Uma intolerante saudade, esmagando, uma vontade de amar novamente.