MÃOS
Mãos às quais confiaste o coração,
Dele cuidam carinhosamente,
Plantando nele a semente
Da mais pura e ardente paixão.
Mãos que a tua alma carregam,
A dispensar-lhe todo o cuidado,
Estando sempre ao teu lado,
Totalmente, a ti se entregam.
Mãos que o teu corpo percorrem,
Em apaixonadas carícias,
Fruindo, ambos, as delícias
Do amor a que sempre acorrem.
Mãos às quais tu entregaste
O mais puro e doce amor,
Mãos que, com teu calor,
Para sempre tu marcaste.
Mãos às quais deste, querida,
A própria essência do teu ser,
São mãos que te hão de proteger
Ao longo de toda a vida.
Agradeço a bela interação da poetisa Karinna.
Conquista.
Pelo tatear das sôfregas mãos senti teu verso branco
Puro deleite de um pensar das alegrias de um líbero amar
Como estrela que não se cala, abraçada ao luar.
Com o toque dos sedentos lábios sorvi teu verso
Sumo sagrado de um sentir lucidamente insano
Como barco de amores flutuando em doce oceano.
Pelo aspirar fremente das narinas inalei teu acariciante verso
Perfume inebriante de um caminho dourado ouro
Como aroma de suculentos frutos... verdejante tesouro.
Pelo olhar turquesa azul vislumbrei teu valente verso
Na mesma hora triste a volúpia de um olhar profundo
Pálpebras toldadas de solitário pranto... tomaste meu mundo.
No teu abraço caloroso e intrigante senti teu diáfano verso
Quando ainda os toques abraços eram de uma vida perdida
Senti os laços infindos da palavra... idílio, eterna conquista.
(Karinna)