SE ALGUMA VEZ
Poema de desamor baseado nas grandes letras musicais do imenso Jorge Palma, maior e mais supremo Mágico das Palavras do mundo português
SE ALGUMA VEZ
Ouvires do fundo do Universo
Um lânguido gemido
Sou apenas eu
Que assim te digo que quero ficar contigo
Se alguma vez
Escutares a voz da alma e a do coração
Em perfeita sintonia
É o canto do meu amor
A dar-te a mais bela das sinfonias
Se alguma vez
Tiveres mais dúvidas do que razões
Lembra-te de mim
E das infinitas questões
Que te coloco
Para veres que nem o preto é branco
Nem o branco é preto
As nossas fotografias são mais belas a cores
A noite é o nosso mais belo manto
Onde nos embrulhamos
E estamos sempre a perder
Porque os sentidos se confundem
Quando todo o nosso ser está a arder
De desejo
Ou mera inquietação
Na impossibilidade de nos darmos
Um com o outro
Entramos sempre em convulsão
E mesmo assim não tolerarmos a distância
Porque sempre houve demasiados “porquês”
Aos quais demos e damos demasiada importância
Porque era mais fácil partirmos para um planeta vazio
E de lá construirmos um futuro
Do que o fazermos aqui
Onde tu és surda e eu mudo
Onde os nossos sentidos
Se estão sempre a desencontrar
Na miragem de um amor impossível
Nossa máxima assombração
Que estamos sempre a exorcizar…
Poema protegido pelos Direitos do Autor