TEMPO AO TEMPO


O amor arde lúdico
ao renascer de cada dia
de alegria na sinfonia dos pardais,
espraiando em devaneios
na rima que solfeja versos livres.
Tempo fértil de mirar as flores
como a forma mais sublime
de sentir nostalgia.
É o verbo frasco de essências
reflexo que brilha no olhar
e as fantasias pairam no pensamento,
como a paisagem que serviu de morada.
O tempo não comporta o tempo,
trazendo no seu canto uma cicatriz,
de imagens tatuadas à espera de carinho
nas mãos suaves a fazer contornos.
Pensar,
que só uma palavra silenciosa.
ficou no baú da saudade
sussurrando no terno aconchego,
eu te amo,
ao som da flauta doce que revela
o segredo do coração,
como a forma mais alta...
de alcançar a luz.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 07/05/2009
Reeditado em 07/05/2009
Código do texto: T1581019
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