Letras 0646 - Cavalheiro de hoje

Plantei perfumes nos pensamentos,

protegi minhas sombras com cercas,

larguei sementes em cada canto da sala,

reservei uma cama na cozinha, nada mudou.

Não sei de quem é a luz que me segue,

os olhos que me vigiam o amor,

tenho duplos desejos, prazeres nenhum,

preciso de um chá pra adormecer mais cedo.

Deixem as flores desenhadas nas nuvens,

se ninguém vê, não importa, são minhas,

não quero olhares por quem amo,

mas canteiros pra que germine a paixão.

Ponham a mão na cabeça do sol,

liguem as fases mais loucas da lua,

para que me conheçam, só assim,

vou ser a sombra parada na sua lembrança.

Façam cercas grandes, coloquem grades,

ainda assim entro e amo com mais amor,

através do invisível sou matéria carne,

levo flores, dou riso e ponho felicidade.

07/05/2009

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 07/05/2009
Código do texto: T1580898
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.