QUERO AMAR
Os olhos do corpo estendido na cama
não viam a luz a algum tempo
O coração exitando em bater,
cansado de apanhar
Mãos trêmulas tateando o escuro
enquanto os pés não encontraram o chão
A solidão é a sua amargurada amante
Um gosto de angústia nublando o céu da boca
que suplica por beijos hoje inexistentes
Uma brisa gelada passa por baixo da porta sem pedir licença
As paredes manchadas ecoam os sons do silêncio
Sua mente divagando sobre si mesma
Afinal o que é pior:
Não ter o que se quer, ou não saber o que se quer?
Cansado de tanto pensar, sua alma naufraga no purgatório.