A raposa e o caçador*

Sei que muitas vezes pareço uma raposa

Te caço, de mansinho, pois não sou forte.

Me escondendo e me mostrando conforme a chance que me dê

Sei que muitas vezes fujo

Quando ouço o tiro, o perigo, me bate o medo de amar.

Mas quando não tenho o teu aconchego

Me supero em dramáticas tragédias

Sinto morrer

Sinto dar pulos de dor o meu coração

Penso em suicídio

Mas é tudo drama, não morreria por você!

Sei que pareço dissimulada, atrevida, impura para ser tua

Sei que pareço mais amante que amada

Mas a verdade é que me fazes confusa, homem tolo, homem fraco...

Então me visto de raposa, caço motivos para continuar a sorrir

Tenho medo de aproximações repentinas

Tenho medo novamente do tiro, do amor, me acertar o peito.

Sei que as vezes pareço louca, mas que raposa não é?

A loucura e a adrenalina fazem parte da vida desta caçadora

As vezes eu sei que pareço ser mais tua do que minha

Mas nunca morreria por ti

Pois apensar da curta vida da raposa, ela caça

E consegue o que quer nem que seja à beira da estrada

Diante do tiro do homem caçador

Aquele que caça com tiro, que não vê a desvantagem da raposa...

Que não abre os olhos para enxergar que ela só quer viver.

Mas quem sou eu???

Mera raposa, em busca da caça...

Em busca da vida nos braços de um caçador!!!

06/05/2009

Iamma Mayura Gadelha
Enviado por Iamma Mayura Gadelha em 06/05/2009
Código do texto: T1579235
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