VOCÊ É ETERNA (Decreto do meu amor) - Retrô
O que chamamos de fim é a sombra que anuncia a chegada da noite.
É o passeio das ilusões, que esqueceram o caminho de casa e levaram consigo pesadelos que outrora foram planos.
São visões impetuosas de cenas inexistentes, mas que desfilam reais e tangíveis em cada palco de tudo aquilo que clamou o coração. Essas visões são ilógicas quando confrontadas por seus medos, mas se justificam quando o frio da solidão nos ensina o caminho para a única fonte de calor, que de fato nos acalma.
O que chamamos de fim é o fracasso, o infortúnio que esteriliza todo o arado de nosso bem querer.
É quando respiramos o ar rarefeito das saudades, quando não sentimos o aroma do amor que adornou a cama de nossas mais sinceras e inconfessas emoções.
O que chamamos de fim é a desesperança.
Quando todos os dardos fracassaram na busca por seu alvo ou quando todos os alvos são inócuos, ante a grandeza de um simples beijo almejado.
O fim, não é o medo de ter ou o simples não ter; o fim é não ter voce.
O que chamamos de fim é o desfecho, o abismo incontornavel que estanca sonhos, desejos, sentimentos e realizações.
Fim é tudo que ignoro quando penso em voce, porque a cada dia voce nasce, voce cresce e antes que morra, renasce outra vez, em nome desse cíclo apaixonante que me condena a deduzir que voce é simplesmente eterna!