Desvendo-me...
Desvendo-me.
Desvelo-me por um amor ausente...
Silencio.
Dobram os sinos
E Réquiens são ouvidos...
Há um cortejo lento e nele eu estou...
Faço parte dele.
Choro.
Lágrimas turvam meus olhos
Como o amor turvou meu pensamento,
Transformando-o todo em um lamento...
Luta inglória!
Amor ausente...
Dor presente!...
- “Por quem os sinos dobram?”
- “Eles dobram por nós...” *
E a vida continua
E vejo os rostos na rua
Atrás de cada rosto uma história.
Sorrisos. Muitos.
Quantas lágrimas sentidas,
Escondidas?...
Ponho o sorriso na face.
Visto a fantasia da falsa alegria!
(Mas a dor sempre renasce...)
E eu finjo “viver” o dia,
Esbanjado sorrisos...
(- Mas apenas “sobrevivo”
Ansiando pela noite
Para, então, poder sonhar...)
Descansar...
Diluir-me...
Evaporar...
Deixar de ser...
- Ah!... Pudesse eu esquecer!...
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Nota da Autora: *Frase final do livro POR QUEM OS SINOS DOBRAM, que, lamentavelmente, neste momento não consigo lembrar o autor!