Desvendo-me...

Desvendo-me.

Desvelo-me por um amor ausente...

Silencio.

Dobram os sinos

E Réquiens são ouvidos...

Há um cortejo lento e nele eu estou...

Faço parte dele.

Choro.

Lágrimas turvam meus olhos

Como o amor turvou meu pensamento,

Transformando-o todo em um lamento...

Luta inglória!

Amor ausente...

Dor presente!...

- “Por quem os sinos dobram?”

- “Eles dobram por nós...” *

E a vida continua

E vejo os rostos na rua

Atrás de cada rosto uma história.

Sorrisos. Muitos.

Quantas lágrimas sentidas,

Escondidas?...

Ponho o sorriso na face.

Visto a fantasia da falsa alegria!

(Mas a dor sempre renasce...)

E eu finjo “viver” o dia,

Esbanjado sorrisos...

(- Mas apenas “sobrevivo”

Ansiando pela noite

Para, então, poder sonhar...)

Descansar...

Diluir-me...

Evaporar...

Deixar de ser...

- Ah!... Pudesse eu esquecer!...

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Nota da Autora: *Frase final do livro POR QUEM OS SINOS DOBRAM, que, lamentavelmente, neste momento não consigo lembrar o autor!

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 06/05/2009
Código do texto: T1578820
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