Mulher dos Ensejos

Que aqui se de,

que aqui se mova,

as cordas do coração

em nome da paixão,

transpondo por versos a anversos

a melodia, a dança dos desejos

na intensidade dos enlevos!

Em cada vértice da mandala,

um jeito, um veio abrindo-se

ao abraço,

ao anel feito lágrima

escorrendo em tua face,

o momento do olhar!

A liturgia

faz-se a noite,

com as cheias das marés,

trazendo-te na jangada dos tempos,

ah! Minha mulher dos ensejos,

tua alma é meu deslumbre poético,

teu corpo, a fonte da sedução!

Aqui se deu,

aqui senti o veludo

da pétala orvalhada em amor,

dando-se em insinuantes

melodias, vistas pelo sentimento

sentidas na pele, no gozo,

na reverencia ao teu âmago!

Auber Fioravante Júnior

04/05/2009

Porto Alegre - RS