VENTUROSA DAMA
Jorge Linhaça,
o Anjo das Letras
Ó, bela dama de minha ventura,
que a alva me traz repleta de luz;
cuja beleza minh'alma seduz
És meu veneno e também minha cura.
Veneno tu és em forma de cruz
Remédio tu és com tua candura
Se me envenenas na minha clausura
Me curas quando o amor nos conduz
Veneno e cura que assim se alternam
na noite escura me fazes sofrer
quando as dores min'alma apenam
Mas vindo o sol, me fazes renascer
diante de ti os males se apequenam
e a paz invade, de todo, o meu ser.
Arandu, 23 de março de 2009