Olhos Perseguidores
 
Caminha discreta
em seu passo de felina.
Sua silhueta esguia
parece deslizar pelo quarto.
De repente já não é mais mulher,
mas musa.
Então inspira.
E faz o comum ganhar
ares de raridade.
Contornos oníricos
invadem a realidade
que se recria, ganha outros tons,
outras cores.
E misturam-se ares de outono
com tons de verão.
Tons cinza e prateados
se mesclam
com vermelho-alanjados.
Assim também é a brisa
que invade a janela,
A misturar os restos de calor
com a suavidade
de uma brisa fresca.
O horizonte está
adornado por nuvens,
uma promessa de chuva
torna úmido o ar.
E uma água fresca
parece cercar o corpo.
Belo desenho de mulher
intensifica o passo.
Já não tem ares de felina,
mas de delicada gazela,
em toda sua graça,
no explendor de sua suavidade. 
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 05/05/2009
Reeditado em 15/10/2017
Código do texto: T1577872
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