Ao lembrar-me de ti
Ao Lembrar-me de ti...
Teu sorriso... Tua maneira...
Não somente por palavras,
Gestos macios, carinhos.
Mas por toda estrutura límpida
E demasiado belo.
Ao Lembrar-me de ti...
Teu olhar... Meu olhar...
Fitando sempre nos teus
Resplandecentes verdejantes
Mares de cristais.
Ao Lembrar-me de ti...
Teus olhos... Tua boca...
Jorra o majestoso vinho
Das uvas endeusadas,
Santificadas por Dionísio.
.
Ao lembrar-me de ti...
Teus seios... Tua pele...
Foram colchões suaves
De pena rara de ave,
Desenhada por artesões,
Milímetro por milímetro.
Ao lembrar-me de ti...
Teu corpo... Teus cabelos...
Imensas xilogravuras sensíveis,
Suavemente arredondadas
Coberta de virtudes e encantos.
Ao lembrar-me de ti...
Teu rosto... Tua face...
Alterna-se em múltiplas
Conjecturas resultantes
Da beleza de Afrodite.
Ao lembrar-me de ti...
Tua glória... Teu esplendor...
Grandeza Tamanha
Inalterável de ideais
E perspectivas igualitárias.
Ao lembrar-me de ti...
Tua existência... Teu existir...
Como verdadeiramente
Tu nunca foste.
Ao lembrar-me de ti...
Como verdadeiramente
Vós nunca exististes.