Enfim!
Quando o Sol com seu arco poderoso
Lançou mãos à inesgotável aljava
E ejaculou o primo raio luminoso
Deu-se início à gravidez do gozo...
E o destino escuro que nos separava
Nos tempos e seus rastros apagava
Não fere mais. Não é mais pavoroso.
O raio primo do sol alto e venturoso
Levou da tempestade os último ventos.
Quebrou a dura ampulheta dos lamentos
E, tomando as agora areias calmas,
Oleiro, dá à luz as matérias das Almas,
Que se fundem sob o sol do novo Amor
Reconstruído sol, que não se põe a pôr!