Suave Amor
 
E quando o vermelho
tingir o coração da alma,
enxergarei o seu rosto
expresso em felicidade.
Ficarei perdido num espaço
entre a realidade e a ilusão.
Talvez quisesse, nesta hora, 
ser pintor e desenhar tua imagem.
Usaria de muitas cores,
mas todas em tons claros.
E o papel deixaria
de ser algo físico para ser etéreo.
Seria a pétala de rosa,
seria a asa da borboleta, sei lá...
Algo de tão delicado
que haveria de parecer frágil.
Mas qual engano,
traria um segredo guardado,
num jogo onde a brincadeira é viver.
Mostraria a ilusão
da força frente à fragilidade.
Seria plenitude da delicadeza
e nem por isso frágil.
Iria me assustar
com tamanha firmeza de tua paz.
E eu, sem ter o que dizer,
me envergonharia de minha guerra.
O coração bateria mais forte
e a poesia correria pelas veias.
E a inspiração tomaria
cada célula de meu corpo,
cada átomo de minha alma.
E haveria de apenas ser,
para estar em ti,
para divagar no teu existir.
Existindo em ti, 
para, então,
sobreviver em mim. 









Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 04/05/2009
Reeditado em 09/03/2010
Código do texto: T1575753
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