Matar de Amor!

Quanta felicidade no meu peito sinto

Que transbordo em vagas como um mar;

Como um vulcão italiano nunca extinto

Que lavas em minhas veias põe a queimar!

O que sinto não oculto nem é isso que quero.

Quero gritar para todo o mundo que te amo,

Que você é o ente messiânico que eu espero

Para me libertar desse cruel e negro oceano!

Sim, ali entre os tantos gozos e feroz delírio,

Quero me embrenhar pelas suas florestas,

No seu pomar quero me fartar e fazer festas

Igual a borboleta a furtar néctar de um lírio!

Pois você é sereia serena pintada de luas;

Ramos violáceos dos tantos campos em flor;

Fronhas de veludo em meu leito de espumas

Onde quero te fazer feliz e te matar de amor!

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 03/05/2009
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