O AMOR QUE POR TI EU SENTIA...

Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia.

De repente você não era mais importante,

podia desaparecer para sempre!

Até mesmo a angústia que se via

neste peito não mais permanecia.

E, seu colo, antes aconchegante,

Agora era ninharia, esmola cara.

Aquele beijo que açucarava a boca,

você perdeu, e já não há mais em ti.

O amor serenou-se, fez-se fraco, feneceu...

Hoje, em mim, o forte afeto de antes

cedera espaço a uma descrença fatal.

Adormecera em mim o amor que por ti eu sentia.

De repente você não era mais admirável,

podia desaparecer para sempre!

O amor fez-se areia fina,

fugiu por entre os dedos,

desfez-se acabrunhado...

Igual ao perfume, perdera a fragrância,

submerso no perfume que nunca houvera.

Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia,

assim: do nada e de repente.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 03/05/2009
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