O AMOR QUE POR TI EU SENTIA...
Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia.
De repente você não era mais importante,
podia desaparecer para sempre!
Até mesmo a angústia que se via
neste peito não mais permanecia.
E, seu colo, antes aconchegante,
Agora era ninharia, esmola cara.
Aquele beijo que açucarava a boca,
você perdeu, e já não há mais em ti.
O amor serenou-se, fez-se fraco, feneceu...
Hoje, em mim, o forte afeto de antes
cedera espaço a uma descrença fatal.
Adormecera em mim o amor que por ti eu sentia.
De repente você não era mais admirável,
podia desaparecer para sempre!
O amor fez-se areia fina,
fugiu por entre os dedos,
desfez-se acabrunhado...
Igual ao perfume, perdera a fragrância,
submerso no perfume que nunca houvera.
Adormecera em mim todo amor que por ti eu sentia,
assim: do nada e de repente.