AMOR (IV)

Amor desenhado em Lua

Arquitetado no passado

Ancorado na ditadura

Estirado na armadura

Segredos dum encontro

Se desfazem na eufemia

Dum exasperadíssimo dia

Duma noite deitada em nada

Sob terras enfadonhas

Fadado término das horas

Onde a agonia se refaz

Sorrindo de nosso sofrer

Compartilhar da vida íntima

Desmorona mais plena euforia

Extasiado à tarde tão fremente

Enterrado à noite tão vidente

No calado reconhecer d´almas

A distância se faz presente

E como um punhal destila sangue

Fere e dói pungente no coração só...

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel

www.desassossegoemversos.com.br

03/05/2009 00h30 - Mario Roberto Guimarães

Querida amiga Luíza, permita-me uma interação a essa maravilha de poema, tão belo quanto tocante.

Não há maneira de ser

Que tangencie a perfeição;

Nem há jamais de existir

O chorar sem o sorrir,

O sentir sem emoção...

Não há amor, sem sofrer.

Parabéns sempre, beijos, Mario.

Agradeço tão linda interação, poeta grandioso e amigo, Mario!!!

Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Enviado por Luiza De Marillac Bessa Luna Michel em 02/05/2009
Reeditado em 03/05/2009
Código do texto: T1572214
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