É O AMOR.
Os dias vendo fugir, o voar das horas que os sonhos devoram,
Depois de ver raiar o prazer, nesta louca corrida, nesta aventura,
De achar que eras tu o novo viço de encanto, doce ternura,
Não sabia que era relâmpago, que belo e momentâneo; não dura.
E nesta solidão, nem sol, ou luar, nem o encantado vento,
Lavará na minha alma, deste amor, esta mancha ainda recente,
No lugar da beleza dos ternos votos deste feliz sentimento,
Triunfa tua falsidade, e agora te ocupa o coração e a mente.
Entre lembranças; tuas mãos, aqueles olhos tentadores,
Ingrata boca que no teu beijo me fazia respirar amor, loucura,
E agora chorando minha desventura, esta sorte dura,
Minha alma pede alento na solidão, desta má ventura.
SALVADOR. 25//04//09
DOCE VAL.