Lua branca
de Edson Gonçalves Ferreira
para Edyth Teles de Meneses
Quando a lua aparece no céu
Esplendorosa, minha irmã telefona
A voz embargada de saudades e pergunta
Se estou olhando a paisagem encantada por mamãe
Ela ficava enluarada, divinizada
Chegava na sacada da cozinha e nos chamava
O grande espetáculo do céu
Lembro-me, perfeitamente, da cena
A luz do luar na prata dos cabelos delas virava constelação
Agora, a luz do luar reflete nas lágrimas que descem do nosso rosto Quando, emocionados, eu e Leopoldina enluaramos saudades.
Divinópolis, 02.05.09