FAÇAMOS DE CONTA


Façamos de conta,
nas contas do nosso amor,
ser dezembro.

Sem senso do ano.
Apenas dezembro,
um mês de dezembro
de nunca acabar.

Que ele lhe seja suave
como uma canção,
sereno como a brisa,
meigo como um sorriso criança,
belo como as flores,
florido como a primavera,
puro como os querubins,
desperto como o nascer do sol,
livre como as águias,
límpido como as fontes,
cálido como o luar,
tépido como uma noite de verão,
calmo como um lago,
tranquilo como uma noite de sono,
bonito como Deus.

Façamos de conta,
nas contas do nosso amor,
ser dezembro!

Odir, de passagem