A NOITE DO MEU BEM.
Um langor de mim se apodera, como um mar em suave calmaria,
Descansando dos arroubos que teus carinhos meu corpo açoitara,
Fora-se toda a frieza da noite, no meu peito adormecido e completo meu coração,
Deixava o luar pratear o meu ser em repouso, sem agonia, porque você me amara.
E quando a aurora, suave manto nascia e cobria o vale solitário que ainda dormia,
Eu me desfolhava enlaçada, minha alma cristalizava-se neste sonho contigo.
E se uma lágrima caia, meus seios tremiam, os meus lábios intumescidos estavam,
Foi por este fogo que nos consumiu, febre no meu corpo, de amor endoidecido.
Foi tanta inspiração, tanta vida, nestas horas felizes meu doce bem,
Como um el dourado que a mente apaixonada, em noites deleitosas cria.
E no meu sonhar, agora acordada, acende um desejo novo, sedento, arquejante,
Porque passam tantas visões no meu pensar, nesta boa noite sua e minha.
SALVADOR. 01/05/2009.
DOCE VAL.