Gulliver Apaixonado
Grande mundo louco para um pequeno ser,
Átomo invisível em um jardim de perigos presentes,
Gulliver invertido de uma Liliputy gigantesca,
Receando ser devorado por imensos insetos voadores,
Em meio à gotas de orvalho com explosões atômicas,
As sombras de gardênias escurecem o dia,
As gramas parecem milharais em tempos de colheita,
Milhas separam meus passos do portão à casa...
Em um barquinho de jornal corto um rio de guache azul,
Tento encontrar a fortaleza de garrafas pets junto ao muro,
Reflexos verdes relfetindo um sol forte que ofusca o olhar,
Como raio-lazer projetando-se em uma lupa de aumento,
Usando botões de casaco como escudos aos gatos da vizinhança,
Escalando uma estante de livros empilhados sem uma ordem,
Para encontrar um poema que lhe desperte o sorriso de uma fada,
Brilhando como vagalumes dirigíveis numa noite pintada a crayon...
Vôo numa gaivota de papel através dos varais de roupas estendidas,
Percorro o vento de outono desviando das folhas em queda das árvores,
Embora diminuto, meu coração sente um pulsar superlativo à gramática,
Ser insignificante aos seus olhos não me impede de me manter apaixonado ,
Deixando uma acácia na janela para lhe acordar com jeito de primavera,
Com um doce perfume a ser deleitado preguiçosamente sem pressa de acordar,
Apenas para lembrar-lhe o quanto meus pensamentos estão próximos...