Nosso amor
É violento nosso amor, luta que sangra sem doer...um forte temporal
dissolvendo em suores um tesão animal.
É doce nosso amor, tem som de violino quente...tem gosto de água-ardente, de porre sem álcool...de "canção que toca em hora errada",
de lua embriagada.
É curto nosso amor, tem hora pra chegar e acabar, relógio sem ponteiro, despertador prisioneiro que parte querendo ficar.
É quieto nosso amor, segredo sem portas e janelas, enclausurado de risos, de beijos loucos entregues, escancarado nas febres de corpos em rios, fazendo amor sem posse, sem pose e nesse momento sem medo.