Quando o amor flui
Tanto tempo solucei por achar perdido o elo
que a tu’alma me ligava,fràgil fio de cabelo,
que julgava intransponivel e predestinado;
pélagos sulquei, sob as vagas explorei mudo!
Tua voz ouvia, o aroma sentia, teu fogo ardia,
näo nas minhas mäos vazias retendo saudade;
quando minh’alma farejava no céu a verdade,
o rastro d’esperança tardia crescia e me movia!
A energia jamais fenece - àguia morta sem asa,
em asas màgicas se norteia,vai,volta e se atrasa
para, misteriosamente, ungir pedaços da brasa
dentro do coraçäo cosmico e tudo harmoniza!
Rio invisivel do recanto mais secreto de mim
banha-me o ânimo’inda aceso,ao pulso sem fim,
perto bem perto, a tua mäo a minh’alcançaria.
Ao vozerio do mundo nossa cançäo de alegria!
Grenoble-Fr-16/05/2006