Flor-Mulher
Nas terras do coração,
plantei a semente,
nos ventos da canção
busquei diferentes águas
para assim regá-la,
para assim trazê-la ao meu verso,
a minha comunhão!
Da alvorada ao crepúsculo
te vi brotar em orvalho
fazendo-te menina,
a menina-flor que por si só
acalantou minha escrita,
decifrou meu teorema,
tornou-se paixão!
No brilho do anoitecer,
Tu já és botão, sentindo minhas mãos,
deixando a lágrima cair
por entre os beijos,
que te trazem em sedução,
na melodia das liras,
no sabor da alquimia!
Do brilho da lua ao raiar do dia
tu és o desabrochar em amor,
revelando-se em prismas exóticos,
abrindo-se em tons de rosa,
flutuando em seda marfim;
enfim
a meia luz, tu és rosa - flor,
no cálice do amanhecer,
tu és a minha, flor-mulher!
Auber Fioravante Júnior
30/04/2009
Porto Alegre - RS