Faça-me Tranquilo
Aperte minhas mãos entre as mãos tuas,
Me olhe com aquele teu grave olhar,
Diga-me que, bem, tudo vai ficar.
Diga-me as verdades, nuas e cruas.
Enlace os teus dedos com os meus dedos,
Passe a tua mão pelo meu cabelo,
Olhe-me com o olhar que desfaz medos.
Mostre-me teu rosto; deixe-me vê-lo.
Encoste teu rosto com o meu rosto,
Passe a tua mãe pela minha face.
Olhe em meus olhos; sorria com gosto.
Diga que terá um fim esse impasse.
Diga, querida, que isso vai passar;
Diga, meu bem, que você vai ficar
[E, só então, eu poderei descansar.]
William G. Sampaio [2/4/09]