(Hoje...fiquei em casa!)
Hoje...Fiquei em casa!
Hoje, fiquei em casa, está a chover,
Vou ter mais tempo para te escrever,
E dizer-te o que me vai na alma:
Que em todos os anos que vivi,
Foi de ti a melhor prenda que recebi:
A amizade que me exalta ora me acalma.
És um anjo que do Céu desceu,
Para dar alegria a este plebeu,
Que vive desterrado atrás dos montes.
És a luz que me dá brilho e calor,
Que me inspira coisas de amor,
Água pura que brota das fontes!
És a flor mais bela e perfeita,
Que minha alma em sonho espreita,
Mas que nunca poderá tocar.
És o perfume que me envolve e atrai,
Mas que, efémero… logo se esvai,
E me entristece por me deixar.
És a estrela pela qual me guio,
E que sigo cada dia sem um desvio,
Pois se não vejo fico perdido.
És um dever que nunca adio,
És a causa do meu desvario,
És a mulher que nunca olvido!
És a água da imensidão do mar,
Ou a dos rios que a ele vão dar,
Levando as lágrimas que por ti choro.
És o oxigénio que me faz respirar,
A força que me faz caminhar,
És a deusa que mais adoro.
És uma rosa que não tem espinhos,
Que só me dá amor e carinhos,
E me hipnotiza com seu encanto.
És a canção que eu queria cantar,
Mas não sei letra nem música para te dar
O mais romântico e belo canto.
És a montanha que eu queria escalar,
Mas não tenho força para lá chegar,
Fico a ver-te ao longe desde o sopé.
Posso estar anos a esperar,
Mas demore o tempo que demorar
Daqui…não arredo pé!
És o Céu a que eu queria subir,
Ficar lá e nunca mais vir…
E ser de ti o maior crente.
És cadeia onde eu queria estar,
Preso a teus braços, não me soltar,
E viver assim… eternamente!