(Hoje...fiquei em casa!)

Hoje...Fiquei em casa!

Hoje, fiquei em casa, está a chover,

Vou ter mais tempo para te escrever,

E dizer-te o que me vai na alma:

Que em todos os anos que vivi,

Foi de ti a melhor prenda que recebi:

A amizade que me exalta ora me acalma.

És um anjo que do Céu desceu,

Para dar alegria a este plebeu,

Que vive desterrado atrás dos montes.

És a luz que me dá brilho e calor,

Que me inspira coisas de amor,

Água pura que brota das fontes!

És a flor mais bela e perfeita,

Que minha alma em sonho espreita,

Mas que nunca poderá tocar.

És o perfume que me envolve e atrai,

Mas que, efémero… logo se esvai,

E me entristece por me deixar.

És a estrela pela qual me guio,

E que sigo cada dia sem um desvio,

Pois se não vejo fico perdido.

És um dever que nunca adio,

És a causa do meu desvario,

És a mulher que nunca olvido!

És a água da imensidão do mar,

Ou a dos rios que a ele vão dar,

Levando as lágrimas que por ti choro.

És o oxigénio que me faz respirar,

A força que me faz caminhar,

És a deusa que mais adoro.

És uma rosa que não tem espinhos,

Que só me dá amor e carinhos,

E me hipnotiza com seu encanto.

És a canção que eu queria cantar,

Mas não sei letra nem música para te dar

O mais romântico e belo canto.

És a montanha que eu queria escalar,

Mas não tenho força para lá chegar,

Fico a ver-te ao longe desde o sopé.

Posso estar anos a esperar,

Mas demore o tempo que demorar

Daqui…não arredo pé!

És o Céu a que eu queria subir,

Ficar lá e nunca mais vir…

E ser de ti o maior crente.

És cadeia onde eu queria estar,

Preso a teus braços, não me soltar,

E viver assim… eternamente!

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 30/04/2009
Reeditado em 07/11/2011
Código do texto: T1568023
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