Liberdade Ainda Que Tardia!
Não sei se vou me fazer entender,
Mas, a maturidade me faz propenso,
De buscar novos aliados e amigos justos,
De vida, de lutas e objetivos,
Errado ou certo é assim que penso...
Me solto das amarras do passado,
Deixo-me levar por novas buscas,
Desprendo-me dos dogmas e doutrinas,
De um passado recente,
Que me trouxe a dor,
De me tornar descrente...
Faço-me livre como o vento,
E vou a procurar por novos rumos,
Sem medo receio ou insegurança,
Vou ao encontro de um tempo novo,
Em busca de um outro horizonte,
Embora talvez já seja um pouco tarde,
Pois o crepúsculo da vida já me chega,
E assim sem os grilhões que tinha outrora,
Meu peito alivia-se ao respirar,
Meus olhos se libertam das cortinas,
Das lágrimas que lhe viram afogar,
Na desilusão de uma falsa ideologia,
Não sei, porém se estou sendo correto,
De na maturidade vislumbrar tal dia...
De ter impulsos de radicais mudanças,
De uma Liberdade Ainda que Tardia!