Como uma milonga

Eu estava tão desprevenida...

Tão distraída... aquele dia...

Ele chegou do nada... lindo!

Sua voz era pura melodia...

Chamou-me com jeito pagão,

Com mil carícias no olhar...

Era eu pura emoção, emoção!

Desejo de aquele homem beijar...

Estava tão inocente, desavisada,

Uma menina carente, desamparada,

Seu charme invadiu a minha alma...

Tomamos champanhe e mais nada.

A noite acabou, chegou a madrugada,

Pensava nele... e me arrepiava...

Quanta magia de mim se apossava!

Só queria ele... ser por ele acariciada...

Novo amor em minha porta batia,

Visceral... arrebatador ...forte!...

Para que pensar no futuro?...

Estava lançada a minha sorte...

Não pude segurar... foi bailando

Meu coração como uma milonga,

Tantos afagos, sussurros, beijos...

A paixão explodiu sem delongas...

E foi tanto querer, tanta entrega...

Tanta fome, tanta sede e desejo...

Envolvendo, arrastando nós dois...

Que a noite corada se vestiu de pejo...

Mary Trujillo

11.05.2006

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 15/05/2006
Código do texto: T156674
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