(MAIS UMA VEZ) O AMOR
De repente, o amor pousa
nos ombros do poeta
e pia sutilmente
o seu destino.
O poeta precisa amar.
Do contrário, é uma fonte morta
para quem caminha no deserto.
Alguém diz
que é desnecessária a poesia.
O poeta ri
e, como um profeta louco, anuncia
a palavra
de fel e de mel.
Na boca do povo,
um quase gosto da verdade.