SABOR DO MISTÉRIO

Que estranha magia me prende a você?
Desfaz-se como nuvem ao vento,
Não deixa sentir-me protegida,
Segura-me de uma forma que não sei dizer,
Onde eu possa me perder
E me perder significa sofrer.
Enxerga-me, mas não consegue me tocar,
Controla-me, mas não quer me amar...
Sinto-me uma guerreira desarmada,
Regada ao doce sabor de um mistério sem fim.
Envolta em tuas magias, por vezes,
É o esforço para me fazer completa,
Então encontro o vazio...
Senhor supremo da magia,
Diz-me para onde ir,
Sussurra ao meu ouvido,
Que conservam o mesmo sabor na memória.
Amei-te, mas é o fim...
Fito o infinito, respiro o ar que vem de ti
Que misteriosamente se fundem
Num querer mágico, num encantamento
E esquecer sem dor o amor
Que sinto por ti nesse momento.

Adriana Leal





Texto revisado por Marcia Mattoso