A Musa e o Ofício do Poeta... IV

Ah! Musa!

Pobres poetas...

Pobres...

Quanto mais

Canteis...

Mais janelas {finestras}

Se cerram...

As musas

Se recolhem

Ao seu interior

E, se forem

Poetisas...

Esteis preparados...

A luta será

Maior, muito

Maior...

Circundadas

Por seus sonhos

Não se acordam...

Vivem

Aquele sonho:

O príncipe

Tornar, chegar...

Mas, este...

Córre mundos,

Procurando

Uma janela

Aberta,

Iluminada,

Acordada,

Receptível...

Que, onde,

Em vão,

Se cansa

Desiste...

E, Elas...,

Poetas Pobres,

Se entregam

A Morfheu...

Mas esperem...

Não vos desespereis...

Há exceção...

A Minha Musa?

Procura

Seu chinelinho...

Mas antes,

Me encontrou...

Ops.!...

Quase esquecí,

É Poetisa...!!

Walter de Arruda in memorian
Enviado por Walter de Arruda in memorian em 28/04/2009
Reeditado em 28/04/2009
Código do texto: T1565045
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