Contemplando a solidão.

Deitada no chão frio da solidão,

Olhando a lua cheia a iluminar

Me entrego a poesia da noite,

Fecho os olhos da alma e vejo

sua imagem na superficie branca da lua.

Levanto os braços querendo tocar tua face,

as lágrimas nascem nos olhos do corpo,

e o frio congela os sonhos da alma.

Na solidão, o pensamento viaja na esperança

de te ver chegar.

Meu coração questiona a sua ausência,

a razão me culpa pelo vão entre minhas

mãos.

Saem da minha boca uma pequena oração,

não sei, talvez um devaneio, expondo ao vento

a loucura desse amor.

Estendo as mãos,

Rasgo meu coração, rolam as águas da alma

reflete na lua minha solidão.

Vem e me envolve em seus braços, faz o frio passar.

Acalma esse espírito que pena pelas noites

eternas, desposta a acabar com o frio da sua

alma que vaga sem a minha.

Janaina Gama
Enviado por Janaina Gama em 15/05/2006
Reeditado em 15/05/2006
Código do texto: T156445