Contemplando a solidão.
Deitada no chão frio da solidão,
Olhando a lua cheia a iluminar
Me entrego a poesia da noite,
Fecho os olhos da alma e vejo
sua imagem na superficie branca da lua.
Levanto os braços querendo tocar tua face,
as lágrimas nascem nos olhos do corpo,
e o frio congela os sonhos da alma.
Na solidão, o pensamento viaja na esperança
de te ver chegar.
Meu coração questiona a sua ausência,
a razão me culpa pelo vão entre minhas
mãos.
Saem da minha boca uma pequena oração,
não sei, talvez um devaneio, expondo ao vento
a loucura desse amor.
Estendo as mãos,
Rasgo meu coração, rolam as águas da alma
reflete na lua minha solidão.
Vem e me envolve em seus braços, faz o frio passar.
Acalma esse espírito que pena pelas noites
eternas, desposta a acabar com o frio da sua
alma que vaga sem a minha.