O HOMEM QUE NUNCA PODIA OU DEVIA SER AMADO…
Tristeza alegre
Amor pelo Amor
Sobretudo pelo impossível
Pelo nunca conquistado
Assim é
O homem que nunca podia ou devia ser amado…
Fez da sua bandeira
Uma noite ao luar
Fez do seu maior amor
As estrelas
Que estava destinado
A nunca tocar
E dança com elas
Todas as noites
Mesmo quando o céu não as deixa ver
E dança com elas
Numa música só dele
Num bailado tão terno
Que se alguém o visse
Pela dimensão dessa beleza
Nela não iria crer
E chora e ri
Quando contempla os seus vastos domínios
Os seus sonhos sem fim
E chora e ri
E possui uma certa felicidade
Porque pelo menos
Há uma pessoa assim
E canta
Bem alto
A canção dos homens livres
A canção de quem nunca pode ser vencido
A canção de quem nunca se renderá
Por muitas grilhetas que lhe quiserem dar
Descobriu a certa altura
Que era irrelevante ter alguém a seu lado
Importante é a sua fé
E a capacidade de criar
E recriar mundos
Até a eternidade
Sobre ele se fechar
O homem que nunca podia ou devia ser amado…