O HOMEM QUE NUNCA PODIA OU DEVIA SER AMADO…

Tristeza alegre

Amor pelo Amor

Sobretudo pelo impossível

Pelo nunca conquistado

Assim é

O homem que nunca podia ou devia ser amado…

Fez da sua bandeira

Uma noite ao luar

Fez do seu maior amor

As estrelas

Que estava destinado

A nunca tocar

E dança com elas

Todas as noites

Mesmo quando o céu não as deixa ver

E dança com elas

Numa música só dele

Num bailado tão terno

Que se alguém o visse

Pela dimensão dessa beleza

Nela não iria crer

E chora e ri

Quando contempla os seus vastos domínios

Os seus sonhos sem fim

E chora e ri

E possui uma certa felicidade

Porque pelo menos

Há uma pessoa assim

E canta

Bem alto

A canção dos homens livres

A canção de quem nunca pode ser vencido

A canção de quem nunca se renderá

Por muitas grilhetas que lhe quiserem dar

Descobriu a certa altura

Que era irrelevante ter alguém a seu lado

Importante é a sua fé

E a capacidade de criar

E recriar mundos

Até a eternidade

Sobre ele se fechar

O homem que nunca podia ou devia ser amado…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 28/04/2009
Código do texto: T1564352
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