Cúmplices de Coração

Haveria, em ti, mistério
ou seria tua simplicidade
que me desconcerta?
Teu olhar é promessa
que parece próxima,
mas está muito distante.
Temo tua rejeição
e, embora não o faça,
meu orgulho vive a se magoar.
Ferido, reajo na
belicosidade de minha franqueza.
Sem querer , sei que te firo.
Culpo-me
e não consigo agir adequadamente.
Vítima ou algoz?
Pouco importa o julgamento,
sei que não gosto de vê-la triste.
É tua felicidade que me alegra,
é teu sorriso que me dá esperança.
Em verdade, não sei o que fazer.
Miliciano, não entendo tua suavidade.
Viril em emoções,
por vezes me complico todo
ante a tua sensibilidade.
Sei, entretanto,
que preciso da leveza de tua alma
para suavizar a minha.
Têmpera guerreira,
não quero desistir.
Não desejo, entretanto, a conquista.
Quero tua aceitação,
quero te agradar,
pois te escolhi por minha mulher.
Quero, portanto, ser teu homem.
Quero-te minha menina, e ser teu menino.
Porque se faz necessário ser criança,
ter ingenuidade e falta de malícia
para atingir o céu e as estrelas.
Pois despojados da maturidade,
Mergulhados em nós dois,
haveremos de descobrir
um ao outro. 





 
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 27/04/2009
Reeditado em 25/05/2009
Código do texto: T1563640
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